Amizade sem fronteiras

 Dona Ema, uma senhora simpática e de coração generoso, vivia tranquilamente em uma fazenda no interior do Pará. Sua rotina era cercada pelo verde exuberante da natureza e pelos animais que povoavam a vasta extensão de sua propriedade. Apesar da paz que a fazenda oferecia, Dona Ema nunca deixava de estar conectada com o restante do mundo, especialmente com seus amigos e familiares.

Um dia, ela recebeu uma notícia triste: uma grande amiga de longa data havia falecido em Brasília. Dona Ema, mesmo distante, sentiu a necessidade de prestar uma última homenagem à sua amiga. Decidiu que enviar uma linda coroa de flores seria a maneira mais significativa de expressar seu carinho e despedida.

No entanto, a fazenda de Dona Ema, localizada em uma região remota, apresentava desafios de comunicação. O sinal de celular era fraco, e ela precisava encontrar um local mais elevado para conseguir fazer a ligação e providenciar a coroa de flores.

Determinada, Dona Ema pegou seu celular e caminhou pela fazenda em busca de um ponto com sinal. Após alguns minutos, ela chegou à porteira, o ponto mais alto da propriedade. Com esforço, subiu na porteira e, finalmente, conseguiu captar um sinal forte o suficiente para realizar a ligação.

Do topo da porteira, Dona Ema contatou a floricultura Fina Flor em Brasília e escolheu uma linda coroa de flores para sua amiga. Com voz emocionada, ela explicou a importância da homenagem e instruiu a entrega.

Enquanto aguardava a coroa chegar ao seu destino, Dona Ema permaneceu na porteira, olhando para o horizonte. Sentia a presença da amiga no vento que balançava as árvores ao redor. O ato de subir na porteira para conseguir sinal tornou-se um gesto simbólico, uma ponte entre o isolamento da fazenda e a necessidade de se conectar com aqueles que amava.

A coroa de flores chegou a tempo para o velório em Brasília, tornando-se um último adeus carregado de afeto. Dona Ema, mesmo distante geograficamente, sentiu-se próxima da amiga naquele momento de despedida. E, enquanto descia da porteira, sabia que, de alguma forma, aquela pequena aventura havia conectado não apenas seu celular, mas também seu coração ao da amiga que se foi.

P.S.: Os nomes foram alterados para garantir a privacidade dos nossos clientes.

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