Luz no Adeus


 Era uma manhã de céu limpo e brisa suave em Brasília. No Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, um grupo pequeno de pessoas caminhava lentamente em direção à sala 7. O silêncio não era apenas de luto, mas de reverência por uma mulher que viveu de forma serena e intensa: Dona Teresa, professora de literatura, conhecida por sua generosidade e pelo amor aos jardins.

Ela não tinha luxo, mas sempre cultivou beleza—sobretudo nos detalhes. Amava poesia, chás de ervas e girassóis. “Quando eu for, quero estar cercada de luz e flores”, dizia. Seus filhos lembraram desse desejo ao contratar a Fina Flor para decorar a sala de velório.

Desde as primeiras horas do dia, a equipe da Fina Flor trabalhou com precisão e delicadeza. No centro da sala, posicionaram uma composição elíptica com girassóis altos, margaridas brancas e pequenos lírios amarelos. Os arranjos laterais, em suportes discretos de acrílico transparente, formavam um arco simbólico, como se Dona Teresa estivesse entrando por um portal dourado.

As flores estavam frescas, abertas no tempo certo. Não era um cenário ostentoso, mas havia algo de sublime ali. O aroma leve dos girassóis misturado ao frescor das margaridas criava um espaço quase etéreo.

A família ficou em silêncio por alguns minutos ao entrar. Depois, um dos netos se aproximou do caixão e tocou uma pétala. “Ela ia amar isso”, disse. Os olhos se encheram de lágrimas, mas havia sorrisos também.

Os amigos que foram chegando sentiam-se acolhidos. A decoração feita pela Fina Flor transformou a sala num refúgio de afeto, um jardim silencioso onde cada flor parecia contar um trecho da vida de Teresa. As fotos antigas, que seus filhos colocaram sobre uma pequena mesa ao fundo, combinavam perfeitamente com o ambiente: ternura e luz, como ela.

Quando o momento do sepultamento chegou, muitos dos presentes pediram para levar uma flor do arranjo com eles. A equipe da Fina Flor, com carinho e respeito, organizou pequenas hastes para distribuir. “Ela espalhou tanta luz em vida, que agora floresce em cada um de nós”, disse o filho mais velho, antes da última oração.

Naquele dia, o Campo da Esperança foi, mais do que nunca, um campo de beleza e memória. E a Fina Flor, com sensibilidade e profissionalismo, ajudou a fazer da despedida uma celebração da vida.

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